Desde já as minhas desculpas pelo (enorme) atraso no relato da última AG. Isto não anda fácil... :/ Estiveram presentes diversos delegados, 2 deles por Skype desde Coimbra e Faro, delegado este que se queixou da qualidade da ligação que não lhe permitiu acompanhar devidamente a AG. Dos jogadores, marcaram presença os delegados João Moreira, Pedro Sousa e Sofia Araújo, para além de mim.
1. Apresentação, discussão e votação da acta da reunião da Assembleia Geral de 15 de Fevereiro de 2018
Ata aprovada unanimidade.
2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Actividade e as Contas do exercício do ano de 2017
Os documentos foram enviados com muito pouco tempo de antecedência e nem houve discussão sobre o mesmo. Optei por me abster nesta votação (penso que tenha sido o único), indicando não poder em consciência votar favoravelmente um documento para o qual não tive tempo de análise. Reforcei a necessidade de envio atempado dos documentos para uma correta apreciação dos mesmos.
3. Apresentação, discussão e votação das rectificações ao Orçamento aprovado para o exercício do ano de 2018
Pequenas alterações ao orçamento, penso que por questões relativas ao IPDJ e verbas por este disponibilizadas. Aprovado por unanimidade.
4. Apresentação, discussão e votação da rectificação da Tabela de Taxas para o ano de 2018, no sentido de clarificar as taxas aplicadas às inscrições nas ligas
Ponto que maior celeuma gerou. Apesar da redação deste ponto frisar a clarificação das taxas aplicadas às ligas, na apresentação deste ponto por parte do presidente da FPP nada foi referido sobre este tema, falando unicamente de pequenas alterações à tabela de taxas. Após esta apresentação inquiri este responsável sobre as taxas no sentido de clarificar os procedimentos e valores a aplicar a torneios e a ligas e as diferenças de tratamento dadas às competições e por quem as organiza. Após a minha primeira questão genérica, o presidente da FPP lamentou-se que pela 3.ª AG se fale da Liga PadelBox, colocando em causa a minha legitimidade para estar a falar desse tema, sendo eu delegado dos jogadores. Esta tónica de discurso arrastou-se até ao momento em que o próprio presidente da Mesa da AG veio corroborar o presidente da FPP, indicando que o tema deveria ser discutido em 'Outros assuntos', altura em que o delegado Filipe Freitas pediu a palavra para reler o texto da ordem de trabalhos, onde se fala especificamente da clarificação das taxas aplicadas às ligas. O presidente da mesa da AG deixou então a discussão prosseguir.
Clarifiquei então que como delegado eleito dos jogadores e sendo a Liga PadelBox a maior competição de padel nacional, tinha mais que legitimidade para trazer estas questões à AG, quanto mais não fosse por os próprios jogadores me terem mandatado para ver esclarecidos estes pontos. Forcei então a resposta sobre os seguintes temas (indico abaixo as respostas obtidas):
i. quais as possibilidades de submissão para parecer dos torneios?
- pode-se pedir a emissão de parecer para provas sociais sem pontos FPP ou a homologação se se quiser a creditação de pontos
ii. quais os custos inerentes a cada opção?
- a emissão de parecer não tem custos e a homologação terá um custo de 2,5% das inscrições para provas sociais
iii. há diferenças de tratamento se o torneio é organizado por um clube ou por uma empresa?
- os clubes têm uma espécie de licença anual, não necessitando de submeter pedidos para cada prova, ao passo que as empresas têm de o fazer prova a prova. contudo, embora não esteja 100% seguro sobre este ponto, penso que tenha sido referido que esta licença anual só se aplica no caso de o clube obrigar todos os jogadores a serem federados nestes torneios, caso contrário também se aplica o pedido de parecer para cada prova individualmente
iv. quais as possibilidades de submissão para parecer das ligas?
- igual aos torneios, podendo-se pedir a emissão de parecer ou a homologação. e aqui surgiu a grande novidade, dado que até à data às ligas, ou pelo menos à PadelBox, só era permitida a homologação. sublinhei então a minha satisfação perante este recuo da FPP face às ligas, o que foi negado pelo presidente da FPP, indicando que sempre tinha sido possível a emissão de parecer. tomou então a palavra o delegado João Moreira que corroborou que na AG anterior tinha sido referido que as Ligas apenas podiam pedir a homologação e não a emissão de parecer.
v. quais os custos inerentes a cada opção para as ligas?
- a emissão de parecer não tem custos e a homologação terá um 7,5% das inscrições
vi. quais os procedimentos para o pedido de emissão de parecer?
- envio do regulamento para a FPP, a qual tem 10 dias para responder
vii. quais os critérios para a aprovação das provas submetidas?
- remeteu para o regulamento, tendo eu retorquido que o mesmo é omisso sobre esta questão. sabendo eu das intenções da FPP, insisti então sobre a obrigatoriedade ou não de todos os jogadores das provas alvo de emissão de parecer da FPP terem de ser federados, tendo o presidente indicado que é essa a sua intenção para o futuro e que o proporá em AG para entrar em vigor em 2019, mas que atualmente não pode ainda obrigar a tal. tal como na AG anterior, sublinhei a minha oposição a essa obrigatoriedade, a qual vai contra tudo o que é o padel, impondo uma formalidade excessiva para provas sociais, jogando inclusive contra o desenvolvimento da modalidade, ao afastar jogadores destas provas
Após estas questões, votou-se então a retificação à tabela de taxas (e não a tabela de taxas em si), a qual foi aprovada por unanimidade.
5. Eleição de 2 novos membros da Direcção
Ponto sem grande dicussão, razões para a resignação dos anteriores elementos indicadas como tendo sido de ordem pessoal.
6. Outros assuntos
Neste particular, foram diversas as questões. Desde logo apresentei as que me tinham sido solicitadas:
- Não convocação dos jogadores Rocha, Bastos e Schaeffer para a seleção nacional: indicado inicialmente pelo presidente da FPP que foi por opção do selecionador, que já os conhecia, e que optou por não os convocar. Perguntou-se ainda se era essa a razão, porque tinha sido o Miguel Oliveira convocado, assim como a Nogui, Pipa, etc. A resposta centrou-se nas meninas, indicando que há menos selecionáveis, daí terem ido todas
- Campos de um futuro Centro de Alto Rendimento do Jamor para o padel: destinado a treinos, estágios, provas. Será uma área cedida à FPP por 10 anos, msa que a FPP ainda não decidiu nesta altura o que fazer com o espaço. A empresa Lagos Sports está a assessorar a FPP neste processo. Manifestou ainda o presidente da FPP que esta entidade não quer concorrer com os clubes com esta infraestrutura, razão pela qual vai falar com os clubes circundantes para saber se querem participar na gestão do mesmo. A FPP só vai querer ter o espaço para os seus treinos, estágios, campeonatos, etc. Os clubes e/ou empresas poderão assumir a gestão deste espaço.
- Seguros dos filiados: indicou que a apólice está no site da FPP
Falaram ainda outros delegados, sendo de destacar a intervenção do delegado Pedro Sousa, que realçou que deve ser o ranking a definir quem é aceite ou não nos torneios e não a ordem de inscrição. Ou seja, desde que um jogador se inscreva dentro do prazo, deve ser o seu ranking a ditar se fica ou se sai do torneio. O presidente da FPP indicou que a situação atual de dar primazia à ordem de inscrição resultou de imensas queixas dos jogadores por serem filiados e nunca poderem jogar os torneios, mas que se for proposta nova alteração e a mesma for aceite em AG, alterará os critérios em conformidade. Este delegado sugeriu ainda o pagamento das taxas dos torneios em 2 fases ou a devolução de parte do valor, de modo a que quem caia no qualifying pague menos por só jogar um jogo. O presidente da FPP achou complicado levar isto por diante, incidindo a sua resposta na questão da faturação, de ter de devolver o $ depois.
Destaque ainda para a intervenção do delegado dos clubes Ricardo Duarte, que abordou diversos ponto como o facto de o selecionador regional nunca ter ido ao seu clube (MyCenter em Faro), nem saber nada do que o clube faz, apesar de serem o maior centro de formação do Algarve. Queixou-se ainda de o presidente da FPP nunca ter ido ao clube nem se inteirar do que o clube faz. Do seu lado, enviou uma série de emails para a FPP que nunca obtiveram resposta, nem tão pouco conseguiu ainda reunir com o presidente da FPP, apesar dos inúmeros esforços sempre que vem a Lisboa, por indisponibilidade deste. Criticou a excessiva centralização de tudo na FPP na figura do presidente, que todos os outros elementos da direção ou técnicos "são passa-palavra". Apelou ainda à subsidiação das deslocações dos delegados de fora de Lisboa para as AG e por último, sobre o padel escolar, lamentou nunca ter recebido nada da FPP, nem uma raquete, nada.
Bom, foram estas as notas da AG e o que me recordo da mesma, esperando que a minha memória não me tenha atraiçoado com a distância temporal à mesma. Na próxima prometo um relato mais atempado. Abraço