bom dia meus caros e desculpem o atraso em vos dar notícias. decorreu no passado dia 15 fev pelas 18h30 a primeira AG da FPP após a eleição dos novos delegados. estiveram presentes 16 delegados, 2 deles presentes via videoconferência (um desde Coimbra e outro desde Andorra). dos jogadores, estiveram presentes os delegados João Moreira e Pedro Sousa, para além de mim, estando ausentes Sofia Araújo e Diogo Rocha. da FPP esteve presente o presidente, bem como o advogado. seguindo os pontos da ordem de trabalhos:
1. Apresentação, votação e discussão do orçamento para 2018
foram colocadas diversas questões sobre este, nomeadamente as verbas elevadas destinadas a Seleções e Alto rendimento (180k), responsáveis por 1/3 do orçamento. foi referida a sobredimensão desta categoria face ao estágio em que a modalidade está, opinando-se que se deveria apostar mais nesta fase na promoção da modalidade, no investimento nos jovens, na formação, etc. a resposta da FPP foi a de que esta rubrica é uma das que permite maior encaixe por parte das verbas do IPDJ, tendo eles apostado nela na expetativa de receberem mais verbas públicas. o delegado dos clubes João Afonso frisou que o excessivo peso das seleções e do Team FPP nos orçamentos é algo que vem sendo referido e criticado desde 2016 e que persistem estes "erros" na elaboração do orçamento, não estando a FPP a ser sensível aos comentários feitos nos últimos 2 anos.
eu e outro delegado falámos na questão do padel escolar (questão que alguns membros tinham frisado aqui no fórum), tentando perceber que verbas estão a ser consideradas para o efeito. foi-nos referido que a mesma estava resumida no orçamento na rubrica Projecto Inovador DPD Juvenil (28k ou 5,4% do orçamento) e que nessas verbas estão incluídas as formações aos professores de educação física nas escolas e as deslocações aos eventos WPT com as crianças.
foram ainda colocadas questões sobre o facto de 5 clubes estarem a receber verbas diretas do orçamento, sendo referido que os mesmos são conhecedores dos contratos programa existentes e que todos se podem candidatar a essas verbas. foi notório que muitos dos clubes ali presentes não fazia a mínima ideia da existência destas verbas.
questionei ainda sobre os timings de aprovação por parte do IPDJ para este orçamento e foi-me explicado que a aprovação se faz por contratos programa e que grande parte deste orçamento poder ter de ser alterado em face das verbas aprovadas pelo IPDJ, o que poderá ser só decidido em maio/junho deste ano. perguntei ainda, como iria ser a execução do orçamento até lá, com tantas incertezas, mas confesso que, por culpa própria, não fiquei esclarecido.
2. Apresentação, discussão e votação da tabela de taxas para 2018
neste ponto discutiu-se e argumentou-se contra o facto de apenas 13-16% das taxas de filiação caber aos clubes, o que não torna aliciante para os clubes a captação de filiados. a resposta foi a de que "se os clubes querem receber mais, então aumentam-se as taxas na mesma medida". o presidente da FPP
tomei então eu a palavra para discutir as taxas aplicadas aos torneios e ligas. em primeiro lugar tentei perceber algo que não estava claro para mim, nomeadamente se a ideia é obrigar todos os praticantes de padel a serem filiados ou a terem o estatuto de "praticante" (custo anual de 7,5 eur em que 6 eur são para pagar um seguro de acidentes pessoais e os restantes 1,50 eur são para os clubes que os angariem). a resposta não foi clara quanto ao futuro, embora tenha ficado com a ideia de que se quer replicar o modelo do golfe no padel (supostamente ninguém entra num campo de golfe sem ser federado). argumentei contra esse excesso de regulamentação e formalismo que será contraproducente para o crescimento do padel, que é uma modalidade eminentemente social e informal, marcando a diferença para outros desportos, como o golfe referido. a FPP replicou com as vantagens de todos os jogadores serem federados, porque ficam protegidos por um seguro e que os clubes não têm seguro de acidentes pessoais, o que foi corroborado por um dos clubes presentes, indicando que, em contexto de competição, os jogadores não estão protegidos nesse clube. sabendo já deste argumento, contra-argumentei com exemplos de outros clubes que têm todas as atividades cobertas no seu espaço, o que torna este seguro redundante na larga maioria dos clubes. sugeri que, se a motivação é unicamente para proteção dos jogadores, ao invés de se obrigar todos os jogadores a serem federados para supostamente estarem cobertos por um seguro, deveria a federação incluir nos seus procedimentos de filiação dos clubes a obrigatoriedade de os clubes terem um seguro de acidentes pessoais para todas as atividades que decorram nesses clubes.
sobre o presente, foi referido que um clube que queira organizar um torneio social e que cumpra os critérios cumulativos da Lei 5/2007 (estejam abertos a federados e atribuam prémios de 100 eur a pelo menos um participante) tem 2 hipóteses: 1. o clube pode pedir unicamente a aprovação da FPP sem homologação, ou seja, submete o pedido (apesar de poder incorrer na sua reprovação) mas não há contabilização de pontos para o ranking FPP, logo por arrasto, os seus participantes não necessitam ser federados, qualquer um pode participar. esta aprovação não tem custos para os clubes; 2. se o clube quiser que o torneio seja um FPP 500, então aí todos os inscritos têm de ter pelo menos o estatudo de praticante e o clube paga uma taxa de 2,5% sobre as inscrições.
questionei então se para as ligas o princípio é o mesmo e a resposta foi negativa. qualquer Liga que cumpra os critérios da Lei tem de obrigar os seus jogadores a serem filiados para ser aprovada, não é possível ter uma Liga meramente social. e a taxa a aplicar é em todos os casos de 7,5% sobre as inscrições.
perguntei então qual o racional sobre esta diferenciação entre torneios e ligas sobre diferentes prismas: 1. diferença entre torneios e ligas para esta diferença de tratamento? ao invés de ter obtido uma resposta sobre o formato, a resposta veio sobre o organizador. ora os "clubes" supostamente acham que já pagam bastante à federação e que "outros" também têm de pagar. "as Ligas também têm de contribuir para a modalidade" (nem comento isto...). foram referidos os 15% que os clubes pagam pelos torneios do calendário oficial, tendo eu sublinhado que não é objetivo de muitos dos organizadores, nomeadamente da Liga PadelBox, terem as suas provas homologadas/a contarem para o ranking, logo a comparação com os torneios FPP não é legítima para justificar isto. objetivamente, nada mais foi referido sobre isto. 2. razão para estes custos, nomeadamente uma percentagem sobre as inscrições ao invés de uma taxa administrativa? aqui comecei por dar exemplos de diversas federações. contactei previamente 10 federações (Atletismo, Ciclismo, Futebol, Golfe, Natação, Surf, Ténis, Ténis de Mesa, Triatlo, Vela), tentando mostrar o estado da arte noutras modalidades sobre estes casos. das 8 respostas obtidas, em 3 casos não é necessária qualquer aprovação das competições externas ao calendário oficial e a maioria das federações que a requer, pretende unicamente assegurar as condições de segurança ou de licenças que se apliquem, nomeadamente no caso da vela e surf (autorização da capitania respetiva) ou do atletismo (aprovação da CM para utilização da via pública). em apenas 2 dos 8 casos foi referido ser necessário o pagamento de uma taxa, ou seja, nos restantes 6 o custo de emissão da aprovação é de 0 (!) eur. as exceções são a FPFutebol que cobra 75 eur, independentemente da dimensão da prova, e a FPSurf 50 eur, podendo este valor ser superior se houver um prize money nessa competição. nenhuma federação, nem uma (!), obriga a que os participantes nestas competições sejam federados para aprovarem a competição. a FPP aqui não argumentou e refugiou-se no facto de terem sido os clubes a aprovar estas taxas e que as mesmas se iam manter assim até os clubes votarem outras. foi então que o presidente da FPP entendeu ser relevante frisar que isto tudo não era uma campanha contra a Liga PadelBox...
as taxas foram a votação e fui o único a votar contra, com declaração de voto de que votava contra pela proposta de taxas de licenças para torneios e ligas. não sei precisar o número de abstenções, mas a tabela de taxas foi aprovada.
3. Designação do ROC da FPP
foi apresentada a empresa e o ROC foi aprovado por unanimidade
4. Outros assuntos
o delegado dos jogadores Pedro Sousa colocou a questão dos atrasos nos pagamento dos prize moneys aos jogadores, tendo-lhe sido explicados os timings de acertos de contas entre FPP e clubes, que fazem com que esses pagamentos se atrasem "mais do que deveriam"
eu falei noutro tema aqui referido no fórum, que é o da diferenciação da filiação de um jogador estrangeiro face a um nacional e a explicação dada é a de que as normas internacionais entre federações assim o exigem, não podendo ser exigido a um jogador filiado noutra federação reconhecida pela FIP nova taxa integral de filiação numa nova federação. o valor de 10 eur reflete unicamente o valor do seguro que é obrigatório cobrar. não questionei porque é que o seguro para um jogador estrangeiro é de 10 eur e o dos praticantes é de 6.
apesar de várias pessoas, essencialmente dos clubes, terem manifestado previamente o interesse em discutir o tema do Centro de Alto Rendimento no Jamor, o mesmo não foi referido nem discutido na AG. também o plano de atividades e/ou relatório e contas de 2017 não foram apresentados, pelo que os mesmos não foram também tema de discussão
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Tópico: Vox populi - Delegado dos Jogadores à AG da FPP (Lida 29702 vezes)