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Autor Tópico: O que realmente interessa?  (Lida 13553 vezes)

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andre_rosa

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #15 em: Fevereiro 19, 2018, 05:20:06 pm »

Antes de responder directamente às questões penso a resposta a cada uma depende muito do jogador em questão.

É fundamental diferenciar o jogador casual do jogador assíduo, o jogador iniciante do jogador experiente, o jogador social do jogador de competição, só para dar alguns exemplos.

Todos são importantes para o crescimento, divulgação e sustentabilidade do desporto e, como é óbvio,  dos clubes de Padel em si mas todos têm necessidades muito heterogéneas.

Como tal vou basear as minhas respostas somente naquilo que é importante para mim embora as respostas possam mudar (aliás vão mudar com toda a certeza) se forem respondidas por outra pessoa.


Sinceramente nem costumo ligar ao preço dos campos por 2 razões. Primeiro são raras as vezes em que apenas pago o campo e segundo dada as semelhanças de preços entre os vários campos onde costumo jogar nem reparo se pago mais 1€ ou menos 1€.
A excepção é quando vou a campos novos ou fora do meu habitual raio de acção. Aí costumo olhar para o preço até para perceber se valerá a pena voltar a esse clube.

Como tal o preço não é por mim o factor diferencial na escolha do campo até, porque como já referi, as diferenças de preços entre os clubes que habitualmente frequento não são significativas ao ponto do preço ser mais relevante que os outros factores.
Já joguei no Go Fit algumas vezes e também no Inatel e confesso que voltaria mais vezes caso tivesse disponibilidade. Seriam a minha escolha principal para ir jogar com malta iniciante na modalidade.

Já iniciei algumas pessoas no Padel mas confesso que já não o faço porque custa-me pagar 10€ para estar 1h30 a "ensinar" malta a jogar. Pode parecer um pouco egoísta mas é um facto que jogando 1x por semana dessa forma acaba por ser significativo no final do mês. Se pagasse 2 ou 3€ provavelmente faria-o mais vezes.
Aproveito para deixar uma sugestão ao clubes: Porque é que num caso como este (um jogador regular desse clube levar 3 iniciantes a experimentar a modalidade) não arranjam forma de baixar o custo a quem está a ter a iniciativa de dar a conhecer a modalidade a novos jogadores e, ao mesmo tempo, dar a conhecer o clube. E todos sabemos que a maior parte dos jogadores novos  joga maioritariamente no clube onde fez o 1º jogo nos primeiros meses de modalidade.

Voltando ao tópico, dou muito mais importância a outros factores, sendo os mais importantes a qualidade das instalações e campos e a forma como sou recebido no clube. Há alguns clubes de "topo" de Lisboa onde só vou em último caso porque não gostei da forma como fui recebido. É fundamental quem está a dar a cara pelos clubes que perceba que tem de tratar da mesma forma o cliente que vai pela 1ª vez como o faz com o cliente habitual, aliás o cliente novo necessita até de um outro tipo de acompanhamento que um habitué dispensa.

Depois existem outros factores tais como:
  • Tempo de deslocação à hora do jogo
  • Facilidade de estacionamento

E só depois disto tudo é que o preço se torna relevante. ( mas volto a frisar que tal acontece em grande parte porque a diferença de preços não é significativa).


Sou um dos "snobs"  :) que prefere jogar indoor do que outdoor. Aliás normalmente só jogo outdoor quando não há alternativa mas acho que os campos de outdoor têm algo que nenhum campo indoor poderá alguma vez oferecer - Integração com o meio envolvente e possibilidade de atrair famílias ao padel.

Não levo a minha mulher e a minha filha quando vou jogar um torneio indoor porque sei que dificilmente elas ficarão confortáveis lá durante 1 dia mas já o fiz e voltarei a fazer em torneios outdoor onde têm condições para também poderem desfrutar do "meu" dia de padel :)

Não sei se os campos outdoor necessitarão de ter uma estratégia diferenciada dos campos indoor (acredito que sim dado que estão muito mais limitados pelas condições climatéricas)  mas têm a possibilidade de explorar a maior visibilidade e a maior facilidade em oferecer amenidades extra padel que podem atrair não só os jogadores bem como as respectivas famílias.

Os grupos organizados de jogadores são cada vez mais fundamentais no desenvolvimento da modalidade. Cada vez mais os habituais grupos de whatsapp dos clubes acabam por ser um tiro no escuro no que toca à marcação de jogos. Com o aumento dos jogadores torna-se complicada a manutenção dos mesmos e não são raras as vezes em que os jogos não são de todo nivelados. Os grupos organizados de jogadores acabam por ajudar a preencher essa lacuna e, na sua maior parte, oferecem jogos para todos os tipos de níveis e objectivos e acabam por estar mais ajustados ao nível de cada um dos que os outros grupos.

Não sei se a massificação será o único caminho mas acho que o oposto deve ser evitado a todo o custo. O Padel está a crescer e cada vez mais na moda mas essa tendência vai-se alterar com toda a certeza dado que o número de jogadores vai atingir a estagnação a menos que se consiga chegar às massas. A vertente social do Padel atraiu um largo número de praticantes que doutra forma talvez nem desporto fizessem e penso que será a aposta nessa característica que poderá solidificar o padel e torná-la até numa das modalidades mais praticadas em Portugal.

Não conheço em pormenor o mercado espanhol excepto das poucas vezes que lá joguei. De facto (pelo menos nos locais em que joguei) a relação preço/qualidade é muito superior. Não sei se isso será generalizado nem tão-pouco sei qual foi o processo até lá chegar.
Uma coisa sei. A aposta no desporto em Espanha é uma realidade completamente distinta da nossa. Os nossos vizinhos têm enraizada a cultura do desporto, algo que não acontece em Portugal daí não saber se será o melhor exemplo a seguir.


Bom tópico João  ;)

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PM

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #16 em: Fevereiro 19, 2018, 06:15:25 pm »

Facilmente somos levados a pensar que os clubes devem fazer algo pelo padel... mas não é este o motivo da existencia deles...
Não investiram tempo e dinheiro para o bem da modalidade...

Se alguma entidade ou grupo de pessoas quer, e tem que fazer algo pelo padel.. todos sabemos quem será ... agora a forma para isso acontecer e que não sei como é...
Talvez ver como é/foi feito em Espanha ajude...
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RicardoS

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #17 em: Fevereiro 20, 2018, 12:17:40 am »

Deixo-vos com o meu ponto de vista das questões levantadas pelo João.

Antes de divagar pelas questões, enquadro-vos apenas na minha experiência de jogo e no meu percurso.

Sou um praticante relativamente recente da modalidade, que decobri meio por acaso. Começei por ir alugando uns campos para bater umas bolas com umas raquetes emprestadas uma vez por semana. Passei rápidamente para a fase de gastar mais uns trocos numa raquete minha e a jogar umas duas vezes por semana. Três meses depois era completamente assiduo e as 3x por semana estavam lá. Depois vieram as aulas e as minhas semanas de padel passaram a ser 1 aula e 2 jogos. Há ainda o ocasional encontro de fim-de-semana para mais uns jogos.

Ora, tendo em conta todos estes fatores, para mim é claro que o preço praticado nas instalações que frequento torna-se um fator importante. Felizmente vai havendo algumas formas de mitigar os custos. Os clubes começam a ter packs de horas mais baratos para os utilizadores regulares. Como também faço mais jogos durante as horas offpeak, sai um pouco mais em conta. Dá para ir gerindo mas claramente, o padel não é de todo um desporto barato. Jogar com regularidade em hora de ponta dói imenso na carteira.

No entanto, o preço não é tudo. Há clubes que gosto menos de frequentar que outros. Quer seja pela qualidade das instalações, quer seja pelo atendimento.

Tipicamente, o que é que procuro num clube? Em primeiro lugar, a localização para mim é fundamental. O tempo é apertado e ter que perder 20 ou 30 minutos de viagem para ir jogar, custa-me. Prefiro pagar mais e ir ao clube mais próximo. Em segundo lugar, o atendimento. Já joguei em clubes em que o atendimento é medonho. Evito lá voltar mas às vezes, lá tem que ser. Em terceiro lugar, o preço. Todas as idas, bem somadinhas, dá uma pipa de massa. Depois, vem a qualidade das instalações e dos campos. Eu até sou ao contrário da maioria do pessoal e prefiro outdoors e por isso até tenho espaços bons para jogar. Agora faz-me um bocado de confusão clubes com 8, 9, 10 ou mais campos e com... 2 chuveiros. Epá!!! Quem foi o iluminado que projetou aquilo? Não sei. Mas é ridículo. E já vi indoors e outdoors com este problema.

Outra coisa que comecei a dar muita importância é ao facto de ter professores nos clubes. Nem sempre é fácil arranjar aulas a determinados horários e isso foi um fator que tive que ter em conta quando comecei a procurar as aulas. É para mim muito importante um clube ter professores e fomentar as aulas.

Resumindo, o preço é importante sim. Não é tudo, longe disso, até porque em determinadas situações prefiro pagar mais e ser melhor servido, mas lá que tem o seu peso, isso parece-me inegável. Especialmente jogando muitas vezes.

Relativamente à convivência entre clubes indoor e outdoor, não vejo nenhum inconveniente. Eu prefiro jogar em outdoor mas muitas vezes, devido às condições climatéricas vejo-me a frequentar clubes indoor. Curiosamente não vejo grande diferenciação de preços nos indoor vs outdoor, embora haja algumas excepções. Creio que há vantagens e desvantagens nos 2.

Os grupos organizados de jogadores são para já fundamentais para o crescimento da modalidade. Muitas vezes é a única forma de arranjar parceiros fora do grupo normal. Aliás, uma grande parte dos clubes já percebeu isso e tem grupos próprios que usam para divulgar eventos e produtos.

Equiparar o padel com outras modalidade de raquete parece-me que não será algo simples, nem sei se será desejável. Comparando com o ténis, o padel tem para mim uma grande dificuldade. Pensem numa transmissão de uma partida de padel. Por exemplo daquelas partidas do Portugal Padel Master. Não se vê ponta de corno. Os ângulos muitas vezes são horríveis, as camaras são estáticas, os vidros e as grades dos campos não ajudam. É muito complicado ter uma transmissão de qualidade e sinceramente não vejo esforço nenhum para mudar isso e para pensar em alternativas. Eu quero ver padel na televisão. Não há.

Mas depois há mais pontos em que o padel difere dos outros desportos na generalidade. Em qualquer clube há aulas regulares. No padel, por vezes é um drama arranjar um horário para ter aulas. Nas outras modalidades, os clubes têm equipas próprias. Os clubes de padel, muitas vezes, não são bem clubes. São mais recepções em que se aluga campos e se bebe uma imperial enquanto se troca 2 dedos de conversa sobre a raquete nova ou os ténis mais confortáveis. Também não vejo grande incentivo para se efectivar essa transformação dos clubes. O que é que um clube ganha em ter uma equipa? Assim de repente... despesas. Talvez seja um ponto onde a FPP devesse intervir. Não sei bem como mas de certo, outros países onde a modalidade está muito mais madura do que por cá, já deverão ter passado por questões destas.

Abraço,
Ricardo

PS: Lembrei-me de outra coisa. Alguém que arranje uma forma decente de catalogar os jogadores por niveis. Da forma que temos hojé, é absurdo. Malta que joga que se farta a inscrever-se em eventos nivel 4. Malta que não acerta uma bola mas acha que é nivel 2. O nivel 3 então alberga uma quantidade de jogadores e com competências tão distintas que até assusta. A forma de ir evitando algumas situações é mesmo ir conhecendo o pessoal nos whatsapps desta vida mas devia haver uma forma qualquer de gerir a coisa.
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JR

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #18 em: Fevereiro 20, 2018, 04:58:04 pm »

João,
Parabéns pela pertinência do post e das perguntas. Nada do que se vai dizer aqui é solução e tudo são boas ideias. Penso que a minha resposta andará perto do que muita gente já escreveu – concordo com alguns, menos com outros – mas aqui vai a minha parte

Na vossa opinião o driver da decisão de escolher um clube de padel é o preço ou valorizam também a qualidade da infra-estrutura, dos serviços prestados (p.e. Organização de jogos ou de eventos, treinos, etc)? + Li muita vezes que o preço (ou a baixa do mesmo) é o único caminho. Se assim é, porque razão não vemos o Inatel ou o GO Fit como líderes de mercado?
Não concordo que o único caminho seja esse. O preço pode ser um factor importante mas importa 15 a 20%. No entanto não posso de forma alguma deixar passar o facto de que é bastante caro jogar padel. E coloco esse adjectivo caro em dois pontos:
Ponto 1 – “Custo de Vida Nacional” - Preço de hora e meia de jogo para o custo de vida nacional
Ponto 2 – “Around Padel” - Acima de tudo penso que o clube tem de perceber que o aluguer de campo implica mais que quatro paredes e uma rede. Implica rede em boas condições. Implica pistas e areia bem distribuida. Boa iluminação. Balneários adequados. Boa temperatura. E para o que existe em alguns clubes ao nível de tudo o que rodeia um jogo de padel, não está equilibrado o valor que se paga por tudo o que está à volta.
Esses dois exemplos que deste não são clubes. São instalações que por acaso têm pistas de padel. Podem, olhando para os clubes que existem à volta, tirar algum negócio mas creio que será residual.

Será possível a convivência entre clubes indoor e outdoor? Será que têm o mesmo modelo de negócio e que deverão seguir a mesma estratégia?
Sim. Aliás, um clube tem a ganhar se puder ter ambas as situações. O modelo de negócio a meu ver é diferente pela condicionante “meteorologia”. Talvez um clube indoor tenha de fazer de formiga nos meses bons para compensar os invernos (mesmo assim pouco rigororos em Portugal)

Qual a importância e sustentabilidade dos grupos organizados de jogadores e qual o seu impacto no desenvolvimento da modalidade?
Enorme. São esses grupos que podem criar “alma” em determinado clube. Mas a sua gestão tem de ser bem feita

Que tem o padel a aprender com outras modalidades de raquete? Será a massificacao o único caminho? Que erros deve evitar?
Não creio que os desportos de raquete em Portugal tenham estado alguma vez massificados. Basta olhar para a maior estrutura de ténis que existe em Lisboa, o Jamor, e perceber que os campos não estão sempre cheios, que há má manutenção dos mesmos. Nuunca achei que o ténis fosse um desporto massificado até porque continua a ser visto como um desporto de elite. No entanto, o que pode o padel aprender com o Ténis? Várias coisas:
- A noção de clube e cor de camisola – criar mais-valias para quem usa o clube de forma repetida, de forma a criar engagement e habituação aos seus utilizadores
- Serviço diferenciador – Eu pessoalmente falo, quero lá saber dos carimbos num cartão. Nem ando com os cartões na carteira porque ocupam muito espaço e se os meto no saco de padel aquilo amarrota tudo. Não podem querer que os jogadores utilizem sempre o mesmo clube por um jogo grátis em cada 10. É um rácio demasiado elevado – 90% para o clube e 10% para o jogador. O clube pode ganhar $$ de outras formas (atenção, não me engano, um clube de padel é um negócio e tem de ser lucrativo) mas esse rácio é areia para os olhos do utilizador. O serviço diferenciador tem de estar presente em marcações antecipadas (em torneios e em jogos durante a semana), em mailings exclusivos para jogadores do clube, preços especiais na aquisição de produtos, eventos exclusivos. Dá trabalho, sim, criar esta base de dados e controlo. Mas quero crer que dá proveitos também

Será o mercado espanhol (será apenas um ou vários?) a referência a ter em conta para a indústria do padel em Portugal, seja do ponto de vista dos clubes (e da sua sustentabilidade), seja do Ponto de vista competitivo?
   Sim, pela experiência e anos que tem. A aprender com os bons exemplos. E aqui não estou apenas a falar de preços baixos. Mas sim de clube, de bons niveis de jogo, de fidelização
 
Minhas notas pessoais:
-Um ponto que acho importante é a competitividade que um clube pode e deve prometer aos jogadores que lá vão. Quer em jogos semanais quer nos seus torneios sociais. Com isso refiro a mais-valia que existe em ter jogos com níveis acertados, bem como torneios com níveis acertados. Quantas vezes já vi torneios em que há grupos com 4 duplas, outros com 3 e outros com 5? Em que se nota claramente que intenção foi arrecadar mais uns euros de mais uma dupla e aquilo engata completamente a qualificação (e há jogadores a fazer mais jogos que outros dependendo do grupo em que se inserem). Isto para não falar do desfasamento entre duplas nos torneios sociais. Este fim de semana joguei contra um jogador M1 que decidiu entrar em M2 com um parceiro M2. Não dá. Imediatamente fica um grupo desfasado em competitividade porque por mais entrosada e boa seja a minha dupla, haverá sempre desfasamento entre jogadores. A ideia mercantil tem de ser assegurada, entendo, mas também a mais valia que o torneio é justo e competitivo e equilibrado
- Campeonato Nacional – Apenas uma achega que deixo para discussão – impressionante a quantidade de torneios que existem este ano no calendário oficial da FPP, que a juntar aos torneios sociais de clubes, faz com que haja qualquer coisa como 4 a 7 torneios por fim de semana em cada região. Temo que isso crie um vazio competitivo por não haver quantidade suficiente de jogadores para facer face a tanta oferta…

Um Abraço
JR
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Paulo

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #19 em: Fevereiro 22, 2018, 07:53:12 pm »

    Muito bem João, sempre atento ou pelo menos interessado ao que os jogadores ou pseudo jogadores como eu pensam  ;)

    Aqui vai, abraço.


    Na vossa opinião o driver da decisão de escolher um clube de padel é o preço ou valorizam também a qualidade da infra-estrutura, dos serviços prestados (p.e. Organização de jogos ou de eventos, treinos, etc)?
    Li muita vezes que o preço (ou a baixa do mesmo) é o único caminho. Se assim é, porque razão não vemos o Inatel ou o GO Fit como líderes de mercado?

    Na minha opinião não, a maior parte dos jogadores valoriza mais a qualidade dos campos. do bar, a qualidade dos jogos que os clubes lhe apresentam que o valor do aluguer. Não quer isto dizer que o jogador não seja sensível ao preço e não haja possibilidades de os clubes trabalharem nesse sentido, pois a prática deste desporto é bastante dispendiosa. O Rui já referiu a diferenciação do valor de aluguer ao almoço, posso indicar o pack almoço incluído que alguns clubes oferecem, free pass que há em alguns clubes, os packs de horas "realmente" mais baratos. Todas essas ferramentas fazem com que os jogadores se fidelizem mais num ou noutro clube.


    Será possível a convivência entre clubes indoor e outdoor? Será que têm o mesmo
    Modelo de negócio e que deverão seguir a mesma estratégia?

    Creio que sim apesar da sazonalidade que sabemos existir em cada um dos modelos. Creio que os indoor's sofrem pois muitas vezes os pavilhões não são os mais adequados e não oferecem as melhores condições e nos outdoor's não vejo muita preocupação em instalar os campos com critério, tendo por exemplo em consideração exposição solar, a vegetação envolvente ou total falta dela que na maior parte dos casos condiciona e dificulta muito jogar nesses campos.


    Qual a importância e sustentabilidade dos grupos organizados de jogadores e qual o seu impacto no desenvolvimento da modalidade?

    Até ao momento, creio que boa parte do crescimento da modalidade deve-se ao trabalho destes grupos que mês após mês vão trazendo novos praticantes e/ou fidelizando ainda mais os actuais praticantes. Boa parte de nós faz 2 ou 3 jogos semanais à conta das Ligas Padelbox, Total, LNP, BSP, etc. Muita ocupação nos clubes é gerada por estas ligas e que normalmente essa ocupação/jogos é geradora de uma importante receita no after padel.


    Que tem o padel a aprender com outras modalidades de raquete? Será a massificacao o único caminho? Que erros deve evitar?

    Espero que o padel não copie nada do ténis e vá antes buscar ao ténis de mesa!!!  :D
    Um pouco mais a sério, penso que nos próximos anos terá de existir uma separação do padel social do que irá ser o padel federativo. Neste momento até porque ainda está quase tudo por fazer está tudo no mesmo "pacote". Assistimos aos torneios FPP onde toda a gente participa e não creio que o modelo federativo possa continuar a ser esse. Deixar para a FPP circuitos regionais e/ou nacionais nas diferentes categorias ( sub12, sub14, sub16, 1ª e 2ª).
    Para o social ficam os clubes e/ou ligas, que têm feito um excelente trabalho nesse campo, com cada vez mais e melhores torneios/ligas.

    Será o mercado espanhol (será apenas um ou vários?) a referência a ter em conta para a indústria do padel em Portugal, seja do ponto de vista dos clubes (e da sua sustentabilidade), seja do
    Ponto de vista competitivo?

    No ponto anterior já abordo um pouco isto, pois o que Espanha fez foi precisamente organizar-se para que os mais novos possam treinar, competir e crescer como atletas de padel. Vemos circuitos menores, selecção, campeonatos regionais seja individuais, seja por clubes, etc. Os miúdos e miúdas que vemos nas prévias e quadro do WPT com 18/20 anos já têm uns valentes anos de estaleca a competir.
    Em relação ao clubes e apesar de não estar totalmente a par do modelo de negócio em Espanha, sei que há 2 vertentes muito marcadas:
    • clubes/escola que têm apoios municipais e/ou do governo central para a formação de crianças e jovens.
    • clubes de iniciativa totalmente privada à semelhança do que temos por cá.
    Para qualquer um deles há muita massa critica mas a verdade é que como em tudo, também há bastante concorrência portanto sobrevivem e têm sucesso aqueles se mais bem se adaptam aos seus clientes e são capazes de lhes oferecer valor.
« Última modificação: Fevereiro 23, 2018, 10:23:20 am por Paulo »
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Re: O que realmente interessa?
« Responder #20 em: Novembro 26, 2018, 12:16:02 am »

Sou ainda relativamente novo no padel, mas deixo a minha humilde opinião:

- Factor de escolha: além do preço obviamente (que está um pouco alto, em média, talvez por estar na moda, mas talvez no médio-prazo poderá baixar)...qualidade da relva. Não sou expert, mas gosto de um jogo rápido, com bom rebote.
Onde quando vou receber um smash, esteja logo preparado para usar a parede, e não para a bola morrer lá atrás. Isto porque, depois habituamo-nos a ver videos WPT mas chegamos a certos campos e parece que jogamos em terra. Além disso o "chip" do padel é usar e abusar da parede, coisa que em campos lentos fica contraproducente (estou a esquecer o factor bolas, mantendo isso constante).

Sei que não me posso iludir em haver relva wpt em todos os campos (até porque seriam mais caros), mas um campo que junte uma boa relva+areia a um bom preço bate os outros todos. Campos lentos para mim não é bem jogar padel, é outra coisa.
Só digo isto porque existem campos onde só jogo mesmo se não houver outra opção...por causa disso.

- Características dos clubes: bom atendimento etc, grupos de whatsapp com regras mais claras nos sites. São fechados ou são abertos? Como nos podemos juntar? O que temos que fazer?
Isto porque acho que beneficiaria muito os clubes (recebem mais alugueres) e os jogadores.
PS: faço esta observação porque contactei alguns clubes onde a resposta foi "ah vamos ver se há autorização para o adicionar". OK, eu entendo, até pode haver regras, ou ser reservado a alunos do clube etc, mas sejam mais claros nisso :)

E pronto, como já falaram acima, oranização de torneios/desafios regulares é essencial.

De resto, o conceito social de clube é também importante (bar, cadeiras, etc), e apesar de ser la palice o factor indoor conta muito, principalmente nestes meses...

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« Última modificação: Novembro 26, 2018, 12:19:30 am por pmg2018 »
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tapimentel

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #21 em: Novembro 26, 2018, 03:25:37 pm »

Alguém sabe onde posso reservar ou ver mais info sobre esses campos do Go Fit Olivais que falam?

Obrigado,
Abraço.
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Re: O que realmente interessa?
« Responder #22 em: Novembro 27, 2018, 10:21:20 am »

Alguém sabe onde posso reservar ou ver mais info sobre esses campos do Go Fit Olivais que falam?

Obrigado,
Abraço.

Tens de ligar para o proprio clube..... que saiba nao ha metodo de ver "online" como esta a ocupação dos campos
Tem atençao ao sistema de fichas da iluminação...se fores de noite eles dão uma ficha por cada 30 minutos.
Coloca logo as fichas todas seguidas (acumulam os minutos)
Senao ao fim dos primeiros 30m aquilo desliga e o sistema nao reinicia logo...e demora imenso....
Ahh e à hora de fecho das instalações saiam logo dos campos...
A ultima vez que la fui (porque será?) estavamos a acabar o set (tao normal nao é) e saimos 10m depois e tinham trancado o portão!!
Tive de bater no vidro a reclamar e ainda me dizem que ja tinha passado a hora!!!
Ainda questionei e então?? iam-nos deixar la fechados a noite toda?!?

Ficam os contactos:

218 510 928
olivais@go-fit.pt
Av. De Berlim, s/n 1800-178 Portugal
HORÁRIO
• Aberto:
2ª a 6ª feira das 07.00 às 22.30 horas.
Sábados das 09.00 às 20.30 horas
Domingos e feriados das 9.00 às 18.30 horas
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Re: O que realmente interessa?
« Responder #23 em: Novembro 29, 2018, 03:50:01 pm »

Obrigado pela dica, NS!

Fui lá ontem e até gostei (de pagar 2,5€  :D )

Realmente não há espirito de clube, mas os campos até são bons. A logistica de marcação por chamada ou presencial é chata. E a questão da moeda para a luz e o pagamento no final também são chatos. Não há estacionamento gratuito para quem vai jogar padel.

 Boa opção low cost.
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Re: O que realmente interessa?
« Responder #24 em: Novembro 30, 2018, 12:16:19 pm »

Obrigado pela dica, NS!

Fui lá ontem e até gostei (de pagar 2,5€  :D )

Realmente não há espirito de clube, mas os campos até são bons. A logistica de marcação por chamada ou presencial é chata. E a questão da moeda para a luz e o pagamento no final também são chatos. Não há estacionamento gratuito para quem vai jogar padel.

 Boa opção low cost.

"..........campos até são bons............"
Aquele piso..... bom?
Não me lembro de ver aquele sintectico em mais lado nenhum. Devem ser os campos mais "lentos" que me recordo.
Vá...não digo que sejam "maus"...mas por serem tão diferentes de tudo o resto... nota-se imenso quando comparando com outros clubes.
Para quem queira fazer torneios e praticar o desporto de forma competitiva nao pode optar por praticar nestes campos porque depois ao jogar noutros sitios não estará preparado.
Fazendo analogia...é como aquelas equipas de leste terem o relvado sintectico no futebol... as diferenças notam-se.

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #25 em: Novembro 30, 2018, 01:05:30 pm »

Obrigado pela dica, NS!

Fui lá ontem e até gostei (de pagar 2,5€  :D )

Realmente não há espirito de clube, mas os campos até são bons. A logistica de marcação por chamada ou presencial é chata. E a questão da moeda para a luz e o pagamento no final também são chatos. Não há estacionamento gratuito para quem vai jogar padel.

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"..........campos até são bons............"
Aquele piso..... bom?
Não me lembro de ver aquele sintectico em mais lado nenhum. Devem ser os campos mais "lentos" que me recordo.
Vá...não digo que sejam "maus"...mas por serem tão diferentes de tudo o resto... nota-se imenso quando comparando com outros clubes.
Para quem queira fazer torneios e praticar o desporto de forma competitiva nao pode optar por praticar nestes campos porque depois ao jogar noutros sitios não estará preparado.
Fazendo analogia...é como aquelas equipas de leste terem o relvado sintectico no futebol... as diferenças notam-se.

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Xadex

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #26 em: Novembro 30, 2018, 02:00:16 pm »

Obrigado pela dica, NS!

Fui lá ontem e até gostei (de pagar 2,5€  :D )

Realmente não há espirito de clube, mas os campos até são bons. A logistica de marcação por chamada ou presencial é chata. E a questão da moeda para a luz e o pagamento no final também são chatos. Não há estacionamento gratuito para quem vai jogar padel.

 Boa opção low cost.

"..........campos até são bons............"
Aquele piso..... bom?
Não me lembro de ver aquele sintectico em mais lado nenhum. Devem ser os campos mais "lentos" que me recordo.
Vá...não digo que sejam "maus"...mas por serem tão diferentes de tudo o resto... nota-se imenso quando comparando com outros clubes.
Para quem queira fazer torneios e praticar o desporto de forma competitiva nao pode optar por praticar nestes campos porque depois ao jogar noutros sitios não estará preparado.
Fazendo analogia...é como aquelas equipas de leste terem o relvado sintectico no futebol... as diferenças notam-se.

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Não se nota nada... continuaremos igualmente maus...

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Isso é certo, que continuaremos maus....

Mas não podes dizer que os campos são bons, "menos bons" ou até menos maus. Os campos são maus. A iluminação é má. E digo isto com muita pena pq fica a 2 minutos, a pé, de minha casa.

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Re: O que realmente interessa?
« Responder #27 em: Novembro 30, 2018, 02:48:18 pm »

Estava a ser simpático.....
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As opiniões são tão válidas como as suas contrárias.