Olá Pedro
Bom tópico que trouxeste à discussão. Tenho uma opinião muito crítica destes "prémios". São mais um exemplo de uma boa ideia (muito) mal implementada. Essa tem sido quase sempre a marca da FPP. Para não me alargar, aqui estão as minhas principais críticas à iniciativa:
- há categorias que são objectivamente parvas e que não são passíveis de ser votadas pelos filiados. Estou a referir-me às categorias Treinador do Ano, Árbitro do Ano, Jornalista do Ano, Patrocinador do Ano, Personalidade do Ano e Dirigente do Ano. A esmagadora maioria dos alunos de um monitor não participam em torneios e aqueles que participam não estão em condições de avaliar o trabalho de um monitor em relação ao outro. Há ainda o caso caricato de estar nomeado um treinador estrangeiro que apenas se deslocou a Portugal um par de vezes, não tendo tido contacto com mais do que 10/20 jogadores. Escolher árbitros quando basicamente todos os torneios da FPP foram "geridos" pelos Luís Santos é parvo. Seleccionar jornalistas não tem qualquer razao de ser, assim com patrocinador do ano. Os prémios Dirigente do ano e personalidade do ano foram feitos de propósito para o auto-elogio, uma característica muito acentuada nesta FPP, em particular no seu presidente.
- não se percebe qual foi o critério para a escolha dos nomeados. Qualquer que tenha sido, é obviamente muito enviesado. A única forma séria de fazer isto, teria sido criar uma espécie de comissão de honra que seleccionava os nomeados, justificando obviamente o porquê da sua seleção. Feito desta forma é só para inglês ver.
Este foi um ano muito negativo para a Federação Portuguesa de Padel. Desperdiçou o capital de apoio que os praticantes e clubes tinham nesta organização, focalizou injusta e injustificadamente os seus recursos e atenção num punhado de jogadores e não contribuiu para o crescimento da modalidade, que cresce apesar da FPP e não por causa da FPP.